segunda-feira, 16 de julho de 2007

Ajudem a levantar o PAU

Caríssimos

Acabei de ter uma discussão com um Fundamentalista da Democracia que me deixou… neste estado!

Há muito que queria apelar a todas os inteligentes praticantes que conheço (sim, conheço alguns inteligentes não praticantes, mas a maior parte são mesmo estúpidos) que me ajudassem a levantar o PAU (não quero de maneira nenhuma que se especule acerca da criação de mais um partido político). O PAU não é mais do que o Poder Anarquista Universal.

Não se admite mais essa cambada de idiotas, vivendo às custas do trabalho alheio, ganhando milhares de contos (milhares de euros) ao fim do mês e ainda ajudas de custo e despesas de deslocação para se reunirem (quando se lembram…) com pompa e circunstância a gozar de tudo e todos sob a égide da mais perversa e hipócrita prática de governação, a Democracia.

Com que raio de razão alguém consegue convencer-me de que devo votar para que tudo corra bem… quando nada corre bem? Para poder críticar quando não existe poder nenhum em críticar seja lá o que fôr?! Para participar activamente?! (esta é mesmo sem comentários) Enfim, para uma data de tretas sem nexo.

A verdade é simples:

I) em Democracia prevalece a vontade da maioria;

II) ninguém disse “da maioria votante”;

III) os votos exprimem APENAS a vontade da maioria vontante (que é neste momento uma percentagem muito pequena dos cidadãos);

IV) e se a maioria dos cidadãos se abstiver?;

V) o não-voto exprime a vontade da maioria (verdadeiramente considerada pelo sistema democrático);

VI) Se a maioria NÃO VOTAR ninguém tem legitimidade para sentar o rabinho no trono e receber uma boa parte da fortuna alheia para cometer impunemente todo o tipo de crimes pelos quais o cidadão comum amargaria sofredoramente as “passas do Algarve”;

VII) Este é efectivamente o único PODER que temos em Democracia, o PODER de NÃO VOTAR…

E, para verem que tenho razão, (esta é para os inteligentes não praticantes) atentem às campanhas dos últimos anos contra a abstenção. O tom do discurso já não é “vote em mim”, é apenas “vote, por favor não fique em casa, vote”).

Já que a justiça ([a justiça] é mais um assunto a tratar mas, devido à sua complexidade fica para a próxima) não pune esses FDPs compete-nos a nós não lhes dar hipótese de cometer atrocidades inimagináveis.

Resumindo, sem querer assumir qualquer tipo de liderança, manipular o poder alheio, ou coisa parecida, peço-lhe encarecidamente que pense sobre este assunto e ajude (se concordar comigo) a substancializar a abstenção como contra-poder. Ajude efectivamente a LEVANTAR O PAU.

Com os melhores cumprimentos,

Ângelo Dias

(sim, é o meu pseudónimo)

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