quinta-feira, 17 de abril de 2008

Tão condescendentes que eles são!

Para quem não me conhece tenho de dizer, antes de mais, que sou apolítica. Acredito piamente que não precisamos de uma forma de governação através da esfera pública. Mas, a análise das atitudes, das manobras e dos embustes de quem governa (seja lá quem for, são todos iguais) é um exercício que sou OBRIGADA a fazer.

Tenho de dizer-vos que nunca pensei encontrar alguém verdadeiramente inteligente na esfera pública mas a verdade é que, seja lá quem for que se lembrou desta estratégia, neste momento de crise, em pleno séc. XXI, esteve muito bem! Conseguiu envolver o governo numa imagem de integridade que já ninguém esperava ver em política!

1º - Eles (governo) tomam decisões polémicas, mantêm-se firmes, sem entrar na peixeirada com a oposição, sem agredir os sindicatos, argumentando que estão a endireitar o país (isso bem que é preciso!!). Mostra firmeza e convicção política.

2º - Pedem ajuda aos organismos estatais (que nunca soubemos para que é que serviam a não ser para dar uns tachos valentes aos familiares dos políticos) como o LNEC para encontrarem as melhores soluções. Mostra humildade e sapiência.

3º - Por fim, mudam de rumo, tranquilos e serenos (hehehe), suportados por pareceres académicos irrefutáveis, terminando com qualquer polémica suscitada pelos palhaços da oposição sem lhes dar razão nem hipóteses de reclamarem os louros. Apaziguam todos os ânimos sem deixar lugar para os descontentes. Mostra Coerência e Integridade.

4º - No fim de tudo, fizeram o que quiseram, como quiseram, tal e qual como todos os políticos até hoje. Mas conseguiram imensa publicidade POSITIVA nos jornais. Ficaram sempre bem na fotografia da concórdia, (como aconteceu há dias com a polémica da avaliação dos professores) e ainda ganharam fama de serem um bom governo!

Já vale a pena...

sexta-feira, 4 de abril de 2008

SkinChip

Ainda não será para o tempo do meu filhote (espero eu!) mas brevemente estaremos a usar um SkinChip e a viver dentro de um sistema informático.
Tempos virão em que a troca e o processamento de informação não vão mais passar por máquinas como as que conhecemos hoje.
Toda a informação relativa à nossa pessoa e à nossa vivência será armazenada na nossa própria pele (sob a forma de SkinChip precisamente!) e todo o espaço físico estará coberto pelo Sistema. Desta forma, vamos entrar num restaurante, sentar, comer e ir embora sem ter de pedir a conta, o preço da refeição será descontado no nosso SkinChip e, por sua vez, será creditado na conta do restaurante. Da mesma forma os nossos rendimentos serão creditados no nosso SkinChip assim como o nosso cadastro, registo civíl, morada, etc., sem que sequer possamos introduzir qualquer tipo de dados.
Cada um será aquilo que o sistema o possibilitar viver, fazer e experienciar.
É mais uma tentativa de "Torre de Babel" tal como a administração da Justiça... Que violência!!

quarta-feira, 12 de março de 2008

A Carta

A propósito da visita do Sr. Presidente da República ao Brasil lembrei-me de perguntar:
- Por acaso alguém sabe onde pára a NOSSA Carta de Pero Vaz de Caminha?
Humm, a última vez que ouvi falar nela foi por altura das comemorações do "Achamento do Brasil", em 2000.

Supostamente, A Carta foi dividida em tomos e exposta em diversos eventos ligados às comemorações no Brasil, como a Bienal de S. Paulo, por exemplo. Mas, poucos dias depois de ter aterrado em Terras de Vera Cruz, o Sr. Rafael Greca (homólogo do nosso Comissário Geral - Professor Doutor Romero de Magalhães) comunicava à imprensa que A Carta era dos brasileiros e não regressaría a Portugal.

A verdade é que A Carta foi indevidamente oferecida (eu digo antes - VENDIDA) pelo ***** ** **** do Mário Soares ao país irmão uns anos antes, lembram-se? (faço ideia quanto não ganhou o ***** ** **** de comissão!) e, apesar de todos os protestos ainda fomos nós que pagámos o transporte!

Para acabar com todas as dúvidas, podíamos pedir ao actual Presidente da República que a trouxesse de volta... Se é que alguém sabe onde é que ela pára!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Porquê

Em verdade vos digo, eu prefiro os grandes centros comerciais ao tradicional comércio da baixa das cidades. PORQUÊ??

1º - O comércio tradicional seria muito agradável se, de cinco em cinco minutos, não passasse um burgesso qualquer "SHRRRACVCCC PUUUTFFFF" a cuspir para chão, ou para cima de quem passa, depende da imbecilidade do sujeito... Nos centros comerciais isto não acontece (não se sabe bem porquê);

2º - O comércio tradicional seria muito giro se pudessemos levantar a cabeça para olhar para as montras. Mas como somos obrigados vasculhar o chão que pisamos para não nos enterrarmos nos dejectos caninos que prevalecem em todo o percurso... Nos centros comerciais isto não acontece (aqui sabemos porquê! Porque os animais não podem entrar);

3º - O passeio pela baixa da cidade até podia ser agradável se não nos impingissem a miséria social que nos rodeia e da qual queremos naturalmente fugir. Já basta o que lêmos nos pasquins. Nos centros comerciais não há estropiados, abandonados, arrumadores, expatriados... (Não há nada disso porque não é bom para o negócio!)

É preciso dizer mais?