Caríssimos
Acabei de ter uma discussão com um Fundamentalista da Democracia que me deixou… neste estado!
Há muito que queria apelar a todas os inteligentes praticantes que conheço (sim, conheço alguns inteligentes não praticantes, mas a maior parte são mesmo estúpidos) que me ajudassem a levantar o PAU (não quero de maneira nenhuma que se especule acerca da criação de mais um partido político). O PAU não é mais do que o Poder Anarquista Universal.
Não se admite mais essa cambada de idiotas, vivendo às custas do trabalho alheio, ganhando milhares de contos (milhares de euros) ao fim do mês e ainda ajudas de custo e despesas de deslocação para se reunirem (quando se lembram…) com pompa e circunstância a gozar de tudo e todos sob a égide da mais perversa e hipócrita prática de governação, a Democracia.
Com que raio de razão alguém consegue convencer-me de que devo votar para que tudo corra bem… quando nada corre bem? Para poder críticar quando não existe poder nenhum em críticar seja lá o que fôr?! Para participar activamente?! (esta é mesmo sem comentários) Enfim, para uma data de tretas sem nexo.
A verdade é simples:
I) em Democracia prevalece a vontade da maioria;
II) ninguém disse “da maioria votante”;
III) os votos exprimem APENAS a vontade da maioria vontante (que é neste momento uma percentagem muito pequena dos cidadãos);
IV) e se a maioria dos cidadãos se abstiver?;
V) o não-voto exprime a vontade da maioria (verdadeiramente considerada pelo sistema democrático);
VI) Se a maioria NÃO VOTAR ninguém tem legitimidade para sentar o rabinho no trono e receber uma boa parte da fortuna alheia para cometer impunemente todo o tipo de crimes pelos quais o cidadão comum amargaria sofredoramente as “passas do Algarve”;
VII) Este é efectivamente o único PODER que temos em Democracia, o PODER de NÃO VOTAR…
E, para verem que tenho razão, (esta é para os inteligentes não praticantes) atentem às campanhas dos últimos anos contra a abstenção. O tom do discurso já não é “vote em mim”, é apenas “vote, por favor não fique em casa, vote”).
Já que a justiça ([a justiça] é mais um assunto a tratar mas, devido à sua complexidade fica para a próxima) não pune esses FDPs compete-nos a nós não lhes dar hipótese de cometer atrocidades inimagináveis.
Resumindo, sem querer assumir qualquer tipo de liderança, manipular o poder alheio, ou coisa parecida, peço-lhe encarecidamente que pense sobre este assunto e ajude (se concordar comigo) a substancializar a abstenção como contra-poder. Ajude efectivamente a LEVANTAR O PAU.
Com os melhores cumprimentos,
Ângelo Dias
(sim, é o meu pseudónimo)