domingo, 14 de janeiro de 2007

"A imagem nua e as pequenas percepções"

Eis o ponto de partida deste livro. Na verdade, ele começa num plano anterior; por uma análise da noção de «invisível», tal como ela se explicita na fenomenologia-ontologia de Merleau-Ponty. Porquê Merleau-Ponty? Porque nenhum outro filósofo, dentro da fenomenologia, explorou táo agudamente as fronteiras últimas da percepção estética. Ninguém como ele (nem mesmo Heidegger ou Henri Maldiney), foi tão longe no exame da «experiência antepredicativa», no domínio artístico. Para tanto, forjou todo um conjunto de conceitos (e, nomeadamente, o de «invisível») com que pretendeu chegar a uma região (ontologicamente definida) aquém mesmo daquela em que a fenomenologia husserliana situava os processos perceptivos. Foi assim que as análises do fenómeno artístico e da percepção estética vieram ocupar o centro da nova filosofia pontiana.


Gil, José. "A imagem nua e as pequenas percepções". Ed. Relógio D'Água
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Infelizmente este livro está esgotado há vários anos e o meu exemplar perdeu-se de amigo em amigo...
A verdade é que a explanação de José Gil sobre a experiência estética é ela mesma "lindíssima".
Vou tentar colocar aqui o ensaio sobre "o olhar e a visão".

2 comentários:

JPaz disse...

Esse livro tem um excelente texto sobre o o juízo estético em Kant. Acho q já foi reeditado, vi-o o ano passado na Fnac. Mas era carote...

JPaz disse...
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